terça-feira, 6 de outubro de 2009

Não sei o que se passa comigo. Nunca sei o que fazer. Nunca sei nada. Normalmente não faço mesmo rigorosamente nada, ao menos diminuo as possibilidades de cometer erros. Tenho um medo gigante de falhar. Prefiro não fazer nada ou fazer o mínimo possível, mas nunca sei o que fazer, o mínimo que seja. E imaginem se eu pegasse numa folha de papel e lápis às cores, na tentativa de fazer um desenho qualquer para me entreter e o desenho ficasse uma merda? Não. Prefiro nem tentar. Tenho medo de falhar. Tenho medo...
É aborrecido não fazer nada, mas a minha vida é aborrecida. Até os meus sonhos são chatos e desinteressantes. Esta noite sonhei que tinha comprado uma máquina de lavar a loiça e que a vinham entregar aqui a casa durante a tarde. A hora exacta, não me poderam garantir, mas seria algures entre o meio-dia e as 5 horas da tarde. Sentei-me a tarde inteira no sofá, à espera, e às 4h45m lá tocaram à campainha. São estes os sonhos que eu tenho. Há tempos sonhei que era um super-herói. Durante o dia um homem que vivia uma vida pacata e aborrecida e à noite combatia o crime. Na primeira parte acertei em cheio, mais pacata e aborrecida a minha vida não podia ser. E ainda há pessoas que dizem : "vive todos os dias como se fosse o último". Era bom, não era? Que eu tivesse vontade de ír a algum lado e fosse mesmo, que eu quisesse andar de montanha-russa e o fizesse, que eu quisesse meter conversa com a vizinha do lado e o conseguisse fazer sem medos, que eu quisesse fazer algo novo e me atrevesse. Viver todos os dias como se fosse o último!... Tentei uma vez e foi deprimente, a planear o meu funeral

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